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Saci-pererê

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  Hoje (no dia em que escrevo este texto) é o Dia das Bruxas (Halloween) e, aqui no Brasil, foi instituído, através de projeto de lei federal, em 2003, o Dia do Saci, com o intuito de resgatar o folclore brasileiro, o que eu acho extremamente louvável. A única discordância que tenho é a ideia de competir com a comemoração do Halloween, o que eu penso ser uma tolice. O saci merecia um dia só para ele, e não ser uma espécie de alternativa, um objeto de propaganda do tipo “Dê preferência aos produtos nacionais”. Ele é esperto e inteligente. É uma das figuras mais interessantes e simpáticas do folclore nacional, sendo também, por vezes, assustadora.             O saci (Çaa Cy ‒ olho mau; pérérég ‒ saltitante) é um elemental, um duende ou diabrete que, em termos de comportamento, pode ser comparado aos trolls escandinavos, aos gremlins saxões e os djinn muçulmanos. É um espírito brincalhão, malicioso, que passa as noites pregando peças e irritando e cansando os humanos. O fenômeno pol

O Poltergeist

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  Apesar de todo o avanço tecnológico conquistado nas últimas décadas, muita coisa permanece coberta por um véu de mistério. Ainda não se chegou a um consenso sobre o que é o Poltergeist ou o Fenômeno Poltergeist . Há divergências no seio do campo religioso e no da parapsicologia, áreas que atestam a veracidade do fenômeno, não o considerando, a priori, como farsa ou especulação. O fenômeno é pesquisado no mundo todo. No exterior, o assunto já foi objeto de análise do astrônomo Camille Flammarion (um dos primeiros a investigar casos de Poltergeist), dos escritores Conan Doyle e Colin Wilson e do parapsicólogo D. Scott Rogo, entre outros. No Brasil, todos os amantes do extraordinário devem agradecer à coragem e ao empreendedorismo de Hernani Guimarães Andrade, que criou o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, e ao pesquisador e escritor Sérgio O. Russo.   Vejamos, em primeiro lugar, o campo religioso. Para o espiritismo, por exemplo, o Poltergeist é apenas um adjetivo

Uma apresentação de boas vindas

Bem-vindos ao mirante sombrio! Daqui de cima, de modo seguro, vamos tentar dar uma espiada num reino que está, ao mesmo tempo, distante e muito próximo de todos nós, separado por uma tênue barreira: o das criaturas do pesadelo. Um reino que desperta tão logo o sol começa a se esconder no horizonte e as sombras começam a tatear o solo ou quando as nuvens de chuva cobrem os céus; que está presente nos cantos escuros e empoeirados das casas e dos prédios, nos banheiros, sótãos, porões e garagens, à espreita; que ocupa os lugares abandonados e desertos e também aqueles onde nunca gostaríamos de ir, mas que, por vezes, somos forçados a visitar; um reino que tem como cenário as matas densas, os vales ermos fustigados pela ventania, as estradas solitárias e até mesmo o nosso interior, nos abismos profundos do subconsciente.   Você está sozinho(a)? Então, certifique-se de que suas portas e janelas estão bem trancadas, as cortinas fechadas e de que sua vela vai ser suficiente para iluminar