Saci-pererê
Hoje (no dia em que escrevo este texto) é o Dia das Bruxas (Halloween) e, aqui no Brasil, foi instituído, através de projeto de lei federal, em 2003, o Dia do Saci, com o intuito de resgatar o folclore brasileiro, o que eu acho extremamente louvável. A única discordância que tenho é a ideia de competir com a comemoração do Halloween, o que eu penso ser uma tolice. O saci merecia um dia só para ele, e não ser uma espécie de alternativa, um objeto de propaganda do tipo “Dê preferência aos produtos nacionais”. Ele é esperto e inteligente. É uma das figuras mais interessantes e simpáticas do folclore nacional, sendo também, por vezes, assustadora. O saci (Çaa Cy ‒ olho mau; pérérég ‒ saltitante) é um elemental, um duende ou diabrete que, em termos de comportamento, pode ser comparado aos trolls escandinavos, aos gremlins saxões e os djinn muçulmanos. É um espírito brincalhão, malicioso, que passa as noites pregando peças e irritando e cansando os humanos. O fenômeno pol